Pinturas

Luthier em bh.

Durante a restauração e pintura em instrumentos musicais, uma das primeiras e principais tarefas consiste na remoção dos vernizes e pinturas antigos.

Muitas vezes esse acabamento chega até nós, Luthiers, em um estado completamente diferente do original, envelhecido, craquelado, manchado, repintado… e cabe ao processo de remoção identificar qual é o histórico desse instrumento e, assim, quais os passos a serem tomados para sua completa recuperação.

Dessa forma, por mais que seja um dos procedimentos mais “sujos” da luthieria, o luthier deve ser  delicado, cuidadoso e que requer muita técnica e experiência para que seja realizado com plena eficácia.

Para que possamos entender um pouco mais sobre restauração de instrumentos musicais, vamos descrever abaixo alguns dos principais procedimentos e ferramentas adotados durante a remoção da pintura de um instrumento musical.

É importante lembrar que cabe ao profissional capacitado a escolha de qual método adotar, pois trata-se de um processo extremamente importante e que vai determinar o resultado final do projeto.

Raspilhas

As raspilhas são ferramentas bastante úteis e versáteis quando se trata de remover material e realizar a pintura em instrumentos musicais.

Elas consistem em pequenas chapas de metal com alta dureza e tenacidade, com extremidades agudas que removem o material de superfícies com menor dureza através do atrito.

É sempre interessante manter um conjunto de raspilhas por perto durante os trabalhos de remoção.

Mesmo que não seja o método principal a ser utilizado, pois com seus diversos formatos conseguem alcançar alguns locais nos instrumentos que outros métodos ou ferramentas não conseguem.

A escolha pelo uso ou não da raspilha deve levar em consideração todas as condições do material a ser removido.

A composição da pintura/verniz, sua idade, seu estado de conservação, sua espessura.

A construção do instrumento em si também afeta essa decisão, tendo em vista que alguns instrumentos utilizam folhas em sua construção, o que deve ser avaliado minuciosamente antes do início dos trabalhos.

Uma raspilha bem afiada utilizada com certa força pode romper uma folha aplicada ao tampo com apenas um movimento.

Isso reforça a necessidade de muita habilidade no manuseio das ferramentas.

De maneira geral, seu uso é mais indicado para a remoção de vernizes muito antigos, vernizes craquelados, acabamentos em nitrocelulose e com pouca espessura.

Assim como as raspilhas, deve-se ter controle ao utilizá-la em superfícies mais frágeis, pois uma mão descuidada pode danificar profundamente um instrumento.

Nota-se assim a importância de conhecer bem os materiais que está utilizando, com atenção principal à granulação, no caso das lixas.

As lixas de menor grão, as mais grossas, são utilizadas no início das tarefas; as lixas de maior grão, mais finas, nos acompanham nas etapas finais.

Por mais que possamos ter auxílio de maquinário elétrico em algum momento.

O lixamento manual será indispensável em diversas situações, sendo a única solução em alguns desses casos, tornando indispensável desenvolver boa habilidade de lixamento.

Como não existe um padrão universal sobre modelos, composição ou dimensões de instrumentos musicais, ficou claro que o uso de cada método está condicionado às condições gerais da peça em que trabalharemos.

Assim, em determinados casos, outros tipos de abordagens são interessantes.

Podem ser utilizadas limas, grosas, formões, estiletes, plainas, dentre várias outras ferramentas.

Cada caso nos exige um planejamento antecipado muito detalhado, para que sejam feitas as melhores escolhas.

Salientamos que como primeira etapa, a remoção da pintura em instrumentos musicais é a base na qual todo o restauro vai se apoiar.

Sendo assim, então seu êxito está diretamente ligado ao completo sucesso do projeto.

Muito estudo, prática e experiência é o que nos leva a esse resultado.

Removedor Pastoso

Esse produto é um grande aliado no trabalho de remoção, quando bem utilizado.

Seu uso deve se restringir a profissionais treinados e equipados com itens de segurança, como luvas e máscara respiratória.

Trata-se de um composto químico altamente tóxico e corrosivo, que causa queimaduras instantâneas no contato com a pele, além de diversos problemas por sua inalação.

Por conter poderosos solventes em sua composição, devemos sempre evitar as áreas mais sensíveis do instrumento, principalmente componentes plásticos, como filetes e inlays.

Aplicada uma camada uniforme sobre a área que desejamos remover, em alguns minutos o produto já começa a fazer efeito.

Em alguns casos, podemos utilizar um soprador térmico para “catalisar” o processo, o que não é indicado, por exemplo, para um restauro de violão, que possui partes finas de madeira que podem vir a empenar, trincar ou descolar.

Nos casos em que a pintura não é completamente dissolvida no removedor, ele ainda assim facilita sua remoção, que é realizada com o auxílio de uma raspilha.

De toda maneira, um produto de boa qualidade apresenta um resultado muito satisfatório na maioria dos tipos de vernizes e tintas.

Lixamento

As lixas te acompanharão desde os primeiros passos até a finalização do restauro, portanto é necessário estar familiarizado com esse tipo de produto, bem como com a sua utilização.

Um bom lixamento é o que garante que a etapa posterior terá sucesso, logo é crucial dedicar-se bastante nessa tarefa.

As lixas são utilizadas manualmente ou com o auxílio de máquinas diversas, como lixadeiras de mesa, lixadeiras roto-orbitais, robosanders, etc.

Com o uso manual, raros são os casos em que a lixa será sua alternativa principal, porém, em muitos casos o uso de uma lixadeira elétrica substitui inclusive o uso do removedor pastoso.

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